Por que é tão difícil para as empresas enxergarem os benefícios da usabilidade durante o desenvolvimento de um projeto? Na prática, a pressão no desenvolvedor fala mais alto do que a perfeição.
Que usabilidade não é conceito novo, todo mundo já sabe. Que traz muitos ganhos à produtividade e ao bem-estar de clientes ou usuários, nem se fala. Mas encarar realmente que ela deve fazer parte do processo de desenvolvimento de um projeto ainda é um tabu.
A situação pode ser comparada com a orientação a objeto, que no princípio todos discutiam e defendiam a ferro e a fogo como a melhor metodologia que poderia existir. Mesmo diante de muitas ferramentas disponíveis, as empresas demoraram um bom tempo até que as utilizassem por aqui.
Muitos dizem que o tempo é o grande vilão que retarda a utilização das ferramentas e conceitos de usabilidade. Tempo é dinheiro e ninguém quer perder nem um nem outro. Assim, muitas etapas de projeto são queimadas para agilizar os processos e chegar logo ao resultado final.
Hoje em dia, devido ao mercado competitivo, o time-to-market é muito utilizado pelas empresas como justificativa de um sistema mal-projetado e que não atende plenamente às necessidades do usuário. A maior preocupação é manter o pioneirismo, deixando o aperfeiçoamento para futuras versões.
Entre outras dificuldades, encontramos pouca disponibilidade dos usuários finais para participar de entrevistas e testes de usabilidade. As próprias empresas impedem que os desenvolvedores e designers tenham contato com o usuário final por receio de que no futuro este solicite novas funcionalidades.
Em outros casos, os vendedores não querem deixar que mais ninguém na empresa tenha contato com seus clientes, temendo que seus interesses não sejam respeitados. E por último, e segundo Jakob Nielsen, algumas empresas disponibilizam os usuários para contato apenas por um curto período de tempo, porque estes são executivos muito bem pagos ou porque não gostam de ser estudados.
A aplicação dos conceitos da usabilidade faz parte do processo de qualidade de um sistema ou site, assim como de um produto. Se você compra uma escova de dente sem qualidade, ou você reclama com a empresa ou no Procon, ou nunca mais compra desta marca.
A grande maioria dos sites não cobra por acesso, mas assim que muitos começarem a cobrar, o usuário vai escolher pelo que vale a pena pagar e o que tem mais qualidade. Neste caso, é bom que a mudança de pensamento aconteça agora.
Webinsader
É verdade sim que a usabilidade é o factor que mais influência tem num usuário.
Isto porque o usuário não quer saber se a linha de código tá perfeita, que o coder é um expert dá matéria e faz código super seguro e código super bonito, limpinho, comentadinho, tudo direitinho.
O usuário quer saber se o software é rápido, fácil de usar e configurar, quer ter todas as funcionalidades bem organizadas e acessíveis para não perder muito tempo a procurar.
É necessário que esteja tudo do lado do usuário, que seja um software intuitivo, e com um bom design porque o utilizador que abre um site (por exemplo) e vê um design feio, que não lhe agrade, provavelmente vai sair tão rapidamente como entrou. E isto não é o desejado pela companhia de software, porque pode estar a perder clientes.
É, por exemplo, a ideia da Web 2.0 um novo sistema de sites direccionados para o utilizador e não para a companhia de software ou programador do site, é para o utilizador, é um site que o usuário goste de ver, de estar, de navegar, é um site personalizavel. Os desenvolvedores de Web2.0 tem de ter uma filosofia, que é muito simples, o utilizador tem o controle, o utilizador manda, o utilizador é o centro do meu código e é nele que eu tenho de pensar a toda a hora. (a Web 2.0 foi um exemplo, para software de desktop também se verifica o mesmo ideal só que não tem nome vulgarizado)
Assim o programador tem de ter duas coisas sempre em mente, o usuário não desenvolveu o software por isso não sabe tanta coisa sobre o software como o programador, onde encontrar a funcionalidade xpto, todas as utilidades existentes no software, que passos deve segui, etc. Ou seja, tem de pensar como se nunca tivesse visto o software na sua vida. A outra coisa que tem de ter em mente é que a aplicação não pode ficar pesada para ser rapida e tem que ser segura.
( esta resposta apresenta apenas e só a minha opinião, não se baseia em factos ou em leis, mas no meu ideal, no meu pensamento e na minha filosofia enquanto programador )