XFree86 - Um pouco da história deste poderoso ambiente gráfico para UNIX

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Fonte: VivaOLinux

" O sistema X Window foi desenvolvido pelo MIT - Massachusetts Institute of Technology, em 1984, como parte do projeto Athena, uma cooperação entre MIT, IBM e DEC - Digital Equipment Corporation, ainda nos primórdios das plataformas UNIX. Originalmente com base para rodar em terminais heterogêneos, de versões comerciais.

A versão corrente X11 foi lançada em 1987 e a partir de meados de 1992 surgiu uma verão de livre distribuição do X, que foi a versão 11 release 6, ou seja, X11R6 para as plataformas 80386/80486, daí o nome Linux XFree86 ou simplesmente X11. Esta versão foi desenvolvida por um time de programadores chefiados por David Wexelblat.

Uma razão pela qual o X teve tanta força para se manter como o padrão do sistema UNIX foi que ao longo do tempo ele incorporou muitas funcionalidades de outros gerenciadores, nestas capacidades estão inclusas: janelas transparentes para a rede baseado em um modelo cliente/servidor, o uso do mouse (não se esqueça que a primeira versão é de 1984, naquela época mouse era apenas um rato) e a habilidade de "linkar" simultaneamente diferentes plataformas e workstations em rede.

O Sistema X foi desenvolvido com o propósito de prover um baixo nível de mecanismos para gerenciamento do display gráfico, desta forma, evita que o X trave quando executa tarefas que exijam um grande poder de processamento gráfico e ao mesmo tempo tem a flexibilidade para ser usado em vários terminais de forma síncrona (simples mas confiável :-)).

Os servidores do sistema X-Window são executados em computadores com displays baseados em mapas de bits. O servidor distribui as ações de entrada do usuário (mouse e teclado) e aceita os pedidos de saída através de vários programas clientes por uma variedade de diferentes canais de comunicação entre processos. Mesmo sabendo que o caso mais comum de uso é de programas clientes rodando na mesma máquina do servidor, os clientes podem rodar de forma transparente em máquinas diferentes (inclusive com arquiteturas e sistemas operacionais diferentes).

Sua flexibilidade atende desde os mais simples gerenciadores de janelas aos poderosos desktops.

Gerenciadores de janela do X

Os gerenciadores de Janela são os softwares que funcionam em cima do X e permitem que você transforme o visual e a sensação de seu display. Há literalmente centenas disponíveis; aqui estão destacados os mais interessantes:

    * Fluxbox
    * WindowMaker
    * Fvwm
    * Enlightenment


Desktops do X

Os Desktops são softwares que funcionam em cima do X e criam um ambiente inteiro, ou seja, vem com muitas ferramentas e aplicativos, tais como editores de texto, aplicativos multimídia, aplicativos para redes, internet e outros. Abaixo os Desktops mais usados:

    * Gnome
    * KDE

partir de 29 de janeiro de 2004 a entidade responsável pela manutenção e Copyright do XFree86 revisou a licença original 1.0 do Sistema X Window passando a adotar a versão 1.1, que teve grande controvérsia em alguns trechos, principalmente na parte dos Direitos autorais e da livre distribuição dos códigos fontes, levando assim muitos mantenedores de distros a adotarem o Xorg.

De acordo com o Sr. David Dawes, presidente atual do projeto XFree86, quando perguntado sobre o porque da mudança nas versões:

Abaixo estão alguns trechos traduzidos do FAQ original, que pode ser encontrado na seguinte página:

    * http://www.xfree86.org/legal/licenses.html


"A razão principal (pela revisão) era se assegurar de que o projeto e seus colaboradores recebessem seu reconhecimento durante estes 12 anos. (1992 - 2004)"

"A diferença principal (entre a versão 1.0 e a 1.1) é que o código fonte e os arquivos binário agora estão explicitamente distintos e separados, porque a licença 1.0 original era muito vaga em sua referência 'ao software'."

"Tradicionalmente, 'software' no mundo livre significa 'código fonte', mas como nossa licença permite a redistribuição dos binários somente, isto é, nenhuma fonte necessita ser fornecida. Isto fez da licença 1.0 única no mundo do software livre e criou uma falha que significava que as observações da licença 'podiam' nem sempre serem reproduzidas corretamente."

"Assim a licença nova, ao contrário da velha, requer explicitamente que os suportes do copyright e seus contribuintes devam ser reconhecidos na extremidade da documentação do usuário que acompanha a distribuição, isto é, distribuição somente dos binários. O problema original foi resolvido agora."

Bom, acho que é isso. Se alguém tiver mais alguma "história", curiosidade ou outra coisa, coloque aqui no VOL, acredito que como eu, outras pessoas gostam de entender as bases que consolidaram este excelente Sistema Operacional GNU/Linux. "